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sábado, 26 de fevereiro de 2011

ELES POUSARAM...POR LÁ !



- 13 De Novembro - 2010 - São Thomé Das Letras - MG - Brasil

O fato deu-se após um ¨não explicado¨ blackout no município as 21:12 hs.
A chave de captação elétrica da torre estava ABAIXADA, segundo tecnicos que estiveram no local para sanar o problema; os quais nao puderam explicar como deu-se tal desligamento uma vez que ninguem, exceto eles mesmos, conheciam o código digital da estação.

Naquela noite - véspera de um feriado - havia muita musica e vozes no alto do cruzeiro, como de praxe, onde a cacofonia criada por alguns redutos noturnos esbanjavam suas caixas acústicas sem o menor decôro!
Havia turistas circulando pelo parque rochoso, como tambem pela área central. Por uma razão não convencional, de repente nenhum som fez-se ouvir, enquanto uma névoa avermelhada descia, velando espessamente o município.
O escuro aliado ao silencio, quando até mesmo os cães silenciaram, foram testemunhas auditivas do som de aviões-caça que sobrevoavam a região num ritmo acelerado.

Em terra, próximos a uma das entradas do município onde um campo extrativista repousa ha anos, alguns turistas observavam no céu, quatro capsulas metálicas num baixo e silencioso voo, quase a tocar alguns telhados. Aqueles aparelhos apresentavam uma baixa luminosidade e não exibiam som algum. O tamanho dos mesmos nao excedia os dez metros em diametro. Pareciam estar procurando um local para pouso ou esconderijo, segundo os mais ¨sensitivos¨ dos observadores. Fotos foram feitas; poucas deixaram-se registrar nas máquinas e telefones móveis dos felizardos.

Houve apenas uma testemunha,nativa, que observou e fotografou uma das capsulas, proxima de sua casa que mostrava a fuselagem amassada,com uma luz por baixo da mesma que se definhava lentamente antes de tornar-se invisivel, diante dos olhos do jovem! Esse aparelho ou máquina estava acima do poste de luz da rua .

No decorrer da semana, uma teoria circulou por entre os poucos moradores locais que observaram as luzes. Perguntava-se se aquelas máquinas não estariam etiquetando pessoas em grande número ou recolhendo mostras de dna de todos ! Para tal suspeita, fora um fato, dado dois dias depois do avistamento no céu, que levou alguns a pensar até numa ¨Operação¨ entre governantes e aliens .

Na manha de 16 de novembro por volta das 05:46 hs. alguns trabalhadores rurais ficaram boquiabertos com a visão que tiveram de um cortejo, com o qual cruzaram na estrada, quando iam para mais um dia de colheita nos cafezais, em fazenda proxima ao pico do gavião. Esses trabalhadores estavam dentro de um onibus fretado; o qual foi parado para dar passagem a um pelotão que caminhava na frente e na dianteira de caminhões ostentando bandeirinhas vermelhas e que deixavam aparecer sem cerimonia, a metade do corpo, do que parecia serem foguetes, pintados de negro com as pontas em rubro. Seriam mísseis ? Para onde estariam conduzindo tal artilharia ? Aquela operação estaria acontecendo em outros pontos tambem do país ?

Desnecessário é dizer que passeios posteriores, por todo o pico, estão impedidos tanto para turistas como para nativos; nem mesmo fazer fotos ou meditar no pouco frequentado cemitério esotérico, tornou-se possivel!

Há quem afirme categóricamente: ¨Eles pousaram e continuam por lᨠ!







sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

TREZE BADALADAS





Foi também na província das minas gerais no segundo reinado, por volta de 1842 ou 43, que nas imediações do arraial de são thomé das letras deu-se tal estoria .

Um grupo de tropeiros após uma farta refeição, preparava-se para dormir nas cercanias da toca furada quando foram pegos de assalto por um grupo de escravos fujões que ansiavam por víveres e trajes para que continuassem em fuga. Esta tropa vinha de barbacena serpenteando a estrada real, com destino ao palácio de petrópolis, onde um fidalgo português prestes a retornar à lisboa, aguardava impacientemente certa mercadoria que o faria respeitado nas cortes européias novamente.

As manufaturas inglesas no porto da cidade de são sebastião do rio de janeiro naquele período, eram excessivas; as tropas iam em busca de gomas, resinas, alcatrão, cerâmicas, ferragens, chapéus, veludos, linhos, sedas e cordoalhas que, aguardavam expostos ao sol e chuva, tamanha a quantidade, seus futuros lares nos confins do brasil . Tambem levavam  alguns produtos exóticos do interior, para venda ou troca, segundo as exigências dos senhores de terras.  O tabaco que saía do brasil em troca de escravos, ha muito estava em baixa e poucos supunham que os ingleses, finalmente poriam um fim ao tráfico de negros, oficialmente em 1850, deixando perplexa, a maioria da sociedade brasileira de então.  Era um tempo difícil; as estradas não eram seguras e mesmo tropas pequenas como aquela, com dez homens e catorze muares, não estavam livres de ataques repentinos a qualquer hora da jornada.

Em meio às peças de fibras naturais, aves, peles, gamelas, peanhas e anjinhos talhados em jacarandá, sementes, frutos secos e gemas semi preciosas que desceriam ate petrópolis primeiramente, um dos tropeiros de nome gerard - apelidado de o Corso - trazia duas carcaças de jabuti, de considerável peso ! Elas estavam recheadas por diamantes de brilho indescritível . O massacre ocorreu numa quarta-feira de cinzas antes das doze badaladas da meia-noite .  Do arraial, alguns moradores distinguiram o disparo de tiros que mesmo abafado pela forte ventania, lhes chegava aos ouvidos .  Não ousavam caminhar pelas ruas escuras, pois os lampiões ja se haviam apagado horas atras, mas olhavam pelas frestas dos janelões guarnecidos por travas maciças, na esperança de ver alguma coisa; apenas uma bruxuleante claridade aparecia vez ou outra no alto da colina, na misteriosa toca furada . Quem estaria fazendo fogo por lá ? Gente decente não andaria àquelas altas horas a caçar ! Melhor seria esperar pelo nascer do sol quando então alguns homens subiriam as rochas para por fim àqueles sons que pareciam gemidos.

Dos dez tropeiros atacados com pedaços de pau, ferro e facões, apenas um sobreviveu; ainda que por pouco tempo . Quanto porem ao conteúdo dos jabutis, só mesmo quando no leito de morte é que ele revelou a sua então *sinhama* enfermeira chamada tulia, que pertencia à família do capelão, onde fora levado em meio aos corpos dos companheiros massacrados na toca furada. O arraial ficou tão preocupado com o tal ataque dos aquilombados, que resolveu usar o sino da igreja matriz como alarme, soando 13 vezes, caso os vigias avistassem sinal de movimento anormal nos vales ou cercanias. A torre estaria por 24 horas servindo como base de observação; mesmo de noite, quando todo o arraial passaria então a manter latões acesos com alcatrão e querosene, em pontos estratégicos .

Tulia, apesar da idade avançada de trinta e poucos anos, era um dos mais belos exemplares do continente africano, descendia da raça felanim ;uma figura que poderia ser notada como clássica em meio aos outros escravos que viviam no arraial . O matiz da pele era azeitonado, os traços fisionômicos harmoniosos, o andar vagaroso e discreto; trajava-se com xitão e pano da costa na cintura e sobre os ombros esquálidos, tendo como único adereço, uma teceba de sementes brancas que ganhara da falecida tia, única parente já falecida, trazido da serra leoa como amuleto que os fetichistas usavam para se fazerem * invisíveis * diante dos inimigos .

Quanto ao carregamento, muito foi destruído pelos atacantes que mexeram desordenadamente atirando o que vinha à tona sem o menor cuidado. Algumas canastras puderam ser conduzidas ao porão da igreja matriz ate que fossem reclamadas pelos legítimos donos . Os jabutís recheados permaneciam envoltos num balaio de palha cobertos por ceroulas desgastadas e de cor incerta; lembrança da côrte francesa onde o corso servira como lacaio num chatelet ... antes que decidisse vagar e fazer fortuna no novo mundo .

Os corpos dos colegas foram transportados a uma sepultura coletiva, pois o tempo exigia rapidez antes que os roedores começassem a profanar os corpos expostos .
O sobrevivente permanecia sob os cuidados da “sinhama “ tulia ; ora delirando ora falando sobre sua vida familiar ha muito deixada no continente europeu . Dissera que seu irmao, chamado jean claude, nao tardaria a procurar pela tropa e que ao passar pelo arraial, desse um jeito de comunicar ao forasteiro sobre os jabutís, que o mais cedo possível ,deveriam sair da igreja e ficar sob a guarda da escrava . Naturalmente que tulia seria agraciada com algumas pedrinhas para então tornar-se livre e podendo ate viver na côrte, se quisesse . Era tentadora tal possibilidade mas desde o início o risco seria grande; na quela igreja, apenas os brancos tinham acesso para comungar com o Divino e mesmo para fazer a limpeza diária dos recintos, havia um capataz a observar os braços e pernas dos serviçais do alto da nave barroca . Havia sim, outra igrejinha no arraial, dedicada a nossa senhora do rosário onde os escravos podiam frequentar, mas isso se dava duas ou tres vezes ao ano quando precisassem de um corretivo moral ou para batizar seus descendentes. Algumas crianças desses escravos, tal qual os filhos dos sinhõs, se vestiam nas cores branco e azul até os doze anos de idade, em homenagem á virgem maria . Todos deveriam ser batizados- brancos ou negros - e enquanto aguardavam pela data, deveriam dormir sob a luz de uma candeia acesa todas as noites, pois poderiam ser vitmados pela " bruxa ou lobisomem a chupar-lhes o sangue ".

Continua...